segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dilma passará de fase?

Por Fernando Castilho

A Presidenta Dilma Rousseff está jogando o game mais importante de sua vida. Se passar de fase, terá mais quatro anos à frente do Governo do Brasil. E as políticas sociais continuarão a serem implementadas.
Porém, para chegar lá, cada vez mais obstáculos vão sendo colocados à sua frente, pela oposição e pela grande mídia.


Recentemente Dilma passou por um grande obstáculo, o caso Pasadena. Embora ainda haja possibilidade de outros desdobramentos, acho que a CPI não vai dar em nada. As investigações poderão ser feitas, mas lembremo-nos, os deputados também estarão em campanha em seus estados, o que poderá esvaziar a Comissão. Se ela for levada adiante, a Petrobrás terá a oportunidade de demonstrar a licitude de suas ações no referido negócio, o que certamente não será divulgado pela mídia. Será esquecida.

Outro grande obstáculo à frente de Dilma é a realização do maior evento futebolístico do planeta. Faltando pouco mais de 40 dias para a abertura da Copa do Mundo no Brasil, o movimento ''não vai ter copa'' refluiu.

O país começa a se render ao fascínio que essa competição sempre despertou nos brasileiros, e acredito desta vez não será diferente.

Embora ainda haja possibilidade de protestos aqui e alí, com muito urubu da mídia em cima do fio, só esperando para que algo saia errado (e sempre algo sai), a verdade é que estamos todos ansiosos para assistir à festa de abertura.
Esse deverá ser o grande divisor de águas na campanha de Dilma.

Obrigatoriamente a festa deverá ter um nível internacional. Deverá ser capaz de nos emocionar, de despertar em todo o cidadão sentimento de brasilidade e orgulho. Deverá encantar o mundo e mostrar que, apesar de todos os percalços, apesar de toda a campanha contra, fomos capazes de organizar uma grande festa. Nessa hora seremos todos brasileiros.

A Presidenta Dilma Rousseff deverá estar presente na festa de abertura ao lado do presidente da FIFA, Joseph Blatter.
Não será surpresa se os dois receberem uma sonora vaia. Afinal, todos sabemos da hipocrisia daqueles que, mesmo agraciados em ver realizado seu sonho de assistir à uma Copa do Mundo no Brasil, não darão crédito a quem possibilitou a realização desse sonho.

Se a realização da Copa for um sucesso, e, mais ainda, se o time do Brasil for Campeão, os protestos recrudescerão, a mídia e a oposição vão ter que arrumar outro foco em que se concentrar para evitar o processo eleitoral já perdido por elas.
E é aí que mora o perigo. Se pelo voto não dá, vai ter que ser de outro jeito. Pelo golpe. Nesse momento todos que defendemos a democracia seremos obrigados a participar do jogo, eliminando esse terrível obstáculo da frente de Dilma.

Por outro lado, se o contrário acontecer, é possível que Dilma caia nas pesquisas, assanhando a mídia e a oposição que verão então reais possibilidades de vencerem o pleito, esfriando assim os ânimos com relação a um possível golpe.

Por fim, durante e após as eleições outra ameaça. A se confirmar a vitória de Dilma, aprovada pela maioria da população, a classe média dos grandes centros urbanos, que acha que detém a supremacia sobre o povo brasileiro, pode querer questionar e não aceitar o resultado.


É quando Dilma terá que enfrentar o Chefão.



Charge: Pataxó
http://pataxocartoons.blogspot.jp/

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